Ao assumir Orçamento, ministra destaca prioridade aos pobres.
Dom Total: Senadora defendeu a responsabilidade fiscal, o combate à inflação e a aprovação da reforma tributária.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tomou posse nesta quinta-feira (05/01) como ministra do Planejamento e Orçamento, ministério que foi recriado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que, anteriormente, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), integrava o Ministério da Economia.
Durante a posse, ao agradecer a Lula pela nomeação, ela disse que estava assumindo um dos ministérios “mais importantes” do atual governo.
“Que as minhas primeiras palavras sejam de gratidão a Deus, por este momento. Ao presidente Lula, por me confiar uma das mais importantes pastas de seu governo. O Brasil passa direta ou indiretamente pelo Ministério do Orçamento. O futuro do Brasil passa, necessariamente, pelo Ministério do Planejamento”, disse.
Lula, no entanto, não esteve presente. Até agora, o presidente compareceu apenas à cerimônia de posse do vice, Geraldo Alckmin, que será ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Além de deputados e senadores e do ex-presidente José Sarney, estiveram na posse de Tebet as ministras Anielle Franco (Igualdade Racial) e Esther Dweck (Gestão), e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).
Tebet destacou que os pobres serão tratados como prioridade pela pasta.
“Os pobres estarão na prioridade do orçamento público. Não apenas eles: a primeira infância, os jovens, os idosos, as mulheres, os negros, os povos originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+ estarão no orçamento”, afirmou.
Tebet também ressaltou a importância de manter um trabalho focado na responsabilidade fiscal: “Nosso papel, sem descuidar da responsabilidade fiscal, da qualidade dos gastos públicos, é colocar o brasileiro no orçamento”, disse, defendendo ainda a reforma tributária e o combate à inflação e aos juros altos.
Depois, a ministra admitiu que tem divergências econômicas com outros integrantes que envolvem o tema, a exemplo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas essa característica, segundo ela, na visão de Lula, é uma vantagem, e não um problema.
Ela afirmou que, ao informar o presidente sobre tais divergências, teria sido ignorada, como se Lula quisesse dizer que uma sociedade democrática só pode ser construída com pensamentos diferentes.
A ministra do Planejamento e Orçamento também teceu duras críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Nos últimos anos, faltou vacina, faltou comida, faltou remédio, faltou emprego, faltou educação, faltou cultura. Faltou sustentabilidade. Faltou vida. O negacionismo do ex-presidente deixou, como legado, um país com 33 milhões de pessoas passando fome”, disse Tebet, no seu discurso.
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